terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As tentações do dia-a-dia


Dizem que os homens sentem mais necessidade de sexo que as mulheres e eles traem por instinto selvagem. Não concordo com isso – essa visão distorcida da sexualidade humana não é nada mais que o reflexo de um atávico machismo que a própria sociedade quer manter, cobrando esse comportamento ‘machos’. É difícil encontrar um homem casado que não traia. Talvez demore, mas um dia o camarada cede ao que eles chamam de instinto de caçador e busca fora de casa uma outra parceira. Da mulher, entretanto, espera-se a fidelidade. Pura bobagem!

Por experiência própria, sei que a mulher se excita muito no dia-a-dia. A única diferença é que somos discretas.
No meu caso, por exemplo. No passado, costumava ser infiel aos meus namorados. Todavia, dentre todos os meus corninhos, apenas um desconfiou; os outros, coitadinhos, terminávamos o namoro sem que desconfiassem das minhas traições.
Seguindo outra tendência humana, eu amadureci e surgiu a necessidade de algo mais sério. Após muitas experiências e muita transa, conheci uma pessoa muito especial, que me completa, e somos muito felizes.
Decidi, por pura e total vontade minha, não desonrar o compromisso firmado com ele, passando a controlar meus impulsos e desejos sexuais. Foi fácil me segurar nos primeiros três anos, mas, como em todo relacionamento, aparecem os momentos desgastantes. A vida nos ensina a contornamos esses contratempos, mas como é bom viver momentos de puro prazer, sem nenhum compromisso; sem ter que falar sobre trabalho, família ou outras questões, onde o único objetivo é curtir um momento intenso a dois, nem que seja por algumas horas e para nunca mais.
Agora, finalmente, inicio o relato que deixou meu relacionamento mais quente.
Costumo sair com uma turma de amigos que se formaram comigo. Todos temos entre 25 e 36 anos. Foi numa dessas saídas que me sentei ao lado do Sérgio. Como de costumo, ele sempre brincava comigo. Falava que gostava de sentar pertinho de mim porque se eu tivesse algum desejo e quisesse uma boca pra beijar a dele seria a mais próxima... Não entendo o porquê, mas nesse dia especificamente olhei para o Sérgio de forma diferente: lábios, maneira de rir; de levar o copo à boca... Em tudo parecia existir um ritual de sedução. Meus pensamentos começaram a criar cenas e mais cenas e eu, sem nenhuma razão aparente, descubro-me sentada, ao lado de um homem casado, desejando-o ardentemente.
Sem que ninguém percebesse comecei a esbarrar minha perna na dele. Fui mais ousada depois, pousando minha mão no interior da coxa do safado, dando pequenos apertos. Nossos olhares começaram a se cruzar (ele bastante surpreso) e fomos entrando no jogo, aliás, no meu joguinho. Num determinado momento, subi a mão e, apostando tudo, peguei no cacete dele, sentindo por cima da roupa um mastro rijo e grosso. Eu já não me cabia de tanto tesão. Estava toda úmida e sentia meu sexo pulsar de desejo. Alguns homens pensam que somente a excitação deles, quando demorada, é que doem. Outro erro machista: a mulher também, quando se excita demoradamente, fica com tudo doendo por dentro e assim permanece até sentir um mastro avançar dentro dela, acalmando o fogo que se forma; comigo a sensação é estranha, minha pepeca fica meio que dormente de tanto fogo.
Ríamos muito. Não poderia mais enganar meus desejos – eu queria sentir o prazer que outro homem poderia me proporcionar. Tentei fugir dessa realidade, buscando explicações para minhas atitudes, mas naquele momento já era tarde pra recuar – nem queria! Era a razão me cobrando, mas o desejo estava falando mais alto.
Despedimo-nos de todos ao mesmo tempo. Fomos ao estacionamento buscar nossos carros. No caminho pedi que ele fosse até meu carro e entrasse um pouco, pois queria conversar mais um pouco. Ele entrou, sorriu, e disse:
– Nunca imaginei que isso pudesse acontecer e me beijou, ardentemente. Ao mesmo tempo, tocou minhas pernas com uma das mãos e foi subindo.
Interrompemos o beijo e eu arranquei com o carro sem dizer uma palavra.
– Você sabe até que horas o estacionamento fica aberto?
– Até 22h. está escrito ali, não viu? – respondeu sorrindo.
– Então temos 3h ainda.
Em quinze minutos chegamos a um bom motel e entramos.
Riamos mais ainda e ele comentava o quanto já me havia desejado. E agora – disse ele – você está aqui para o meu deleite. Coitadinho! Mal sabia ele que ele estava ali para o ‘meu deleite’.
Ao entrarmos no quarto, coloquei uma música ambiente e começamos a nos beijar. Ele apertava o mastro contra meu corpo e eu soltava suspiros de prazer. Arrancamos nossas roupas. Finalmente, pude lhe segurar o mastro com a boca, sentindo-o tocar minha garganta. Ao mesmo tempo, toquei-lhe o corpo e senti o gosto de macho, um macho diferente do meu, um macho também gostoso e viril.
Ele me levantou e pressionou meu corpo contra a parede, encaixando o mastro no meio das minhas pernas. Comecei a esfregá-lo e a umedecê-lo. Fui para a cama, fiquei de quatro, e ofereci meu sexo sedento pra ele usufruir. Ele não hesitou e o encaixou de uma única vez todo dentro de mim. Eu gemia, rebolava e dizia: ‘que gostoso, mete mais...’
Como era bom sentir o toque de outro homem. Sentir outro jeito de sugar, de acariciar, outra forma de expressar prazer, fúria... Ele ela tão dedicado. Mudamos de posição. Ele, sempre preocupado em me dar o máximo de prazer, afagou meus seios de uma maneira que me excita agora, quando apenas lembro.
Trocamos várias vezes de posição e adorei uma na qual ele ficou por cima, deslizando com movimentos circulares o mastro no profundo do meu ventre. Explodi num orgasmo interminável. Ao sentir que estava tento um orgasmo ele começou também a gozar, que homem!
Ao terminarmos, relaxamos um pouco, um ao lado do outro, e nos acariciamos. Tomamos um banho e voltamos ao estacionamento – apesar do tempo não haver esgotado, era melhor não abusarmos.
Da próxima vez, claro que haverá uma próxima vez, vou confidenciar algumas das minhas fantasias pra ele e me entregarei com mais intensidade, porque, da primeira vez, nós mulheres, sempre temos receios comportamentais e não agimos plenamente, pois a nossa doação efetiva só costumamos dar quando já temos mais intimidade.
Sei que houve uma incongruência com o que defendi no início do relato – lembro que falei que seria uma única vez com outro homem e pronto, mas me enganei, pois, quando a vara é boa, ‘o peixe’, mesmo depois de solto após a primeira fisgada, quer comer da mesma minhoca outra vez.

Se você possui alguma história e quer que ela seja transformada em conto erótico, mande-a pra mim. Terei o maior prazer de reescrever o seu texto, postando-o aqui no site, sem identificar você. Se tem história e quer compartilhar com o mundo inteiro, escreva para:

P.S.:
E não deixe de comentar os contos no site, tá! Eles foram retirados de outros sites e reescritos, pois neste site a história é sua, mas a narração é minha.

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