quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dona Xepa, Dona puta!


Após 10 anos de casados, dois filhos bem criados e muito esforço na vida, conseguimos construir nossa casa em um bairro relativamente nobre de São Paulo. Aquilo era o sonho de nossa vida. Sem dúvida, a casa era ótima: grande, confortável e representava o status que sempre sonhei. Cansei de trazer amigas para me exibir, convidando-as para chás da tarde ou outras reuniões que, no fundo, eram pura futilidade. Tudo ia muito bem, a rotina era simples, acordava cedo para arrumar meus filhos e meu marido. Levava-os à escola, da qual retornavam somente no final da tarde. A única coisa que atrapalhava era a feira de quarta, bem na frente de casa, aliás, o único lapso nosso na escolha do terreno, mas imprevisível para a época. Dessa maneira, com a rotina estabelecida e com a feira acontecendo toda a quarta, esse era o único dia em que, após mandar meus amados para seus afazeres, a nova e xiquérrima dona de casa aqui não podia voltar para a cama após as obrigações matinais.

Tudo bem, mas pra feira eu não vou, pensava eu, não me misturarei com essa gente! O máximo que me atrevia era ir até o portão pegar correspondência. Foi esse ato inocente e despretensioso que ocasionou tudo. Em uma dessas ocasiões, descuidei-me e fui pegar a correspondência em trajes, digamos, mais íntimos. Também nada escandaloso, apenas um calção curtinho e uma camiseta, sem sutiã e de chinelo. Poxa vida, estava no meu direito, na metade do caminho vi o cara me olhando, um rapaz, vendedor de laranja que sempre berrava suas ofertas. Não dava mais pra voltar, significaria assumir a vergonha e, pelo jeito arrogante daquele feirante seria entregar os pontos pra ele. Fiz uma cara mais arrogante ainda e continuei rumo à caixa de correio. Apesar de não o encarar diretamente eu sabia que olhava pra mim – não sou nenhuma miss, principalmente após meus dois filhos. Mas mantenho meus 60 quilinhos com a altura de 1,68m, tenho um bumbum grande e seios razoáveis. Eu perdi em arrogância para ele, me senti ruborizar a face, mesmo antes de ele, displicentemente segurando a laranja que chupava com uma mão e com a outra levada pra baixo de sua cintura (lá mesmo), fazer aquele nojento assobio e me chamar de "Dona gostosa! Vai uma chupadinha?". Aquilo era muita arrogância, peguei as cartas e virei de supetão. Pior. “Que delícia de rabo! Foi o que eu ouvi... Apressei o passo de volta,” "Isso, corre logo e coloca o sutiã gostosona!"... Tinha percebido, "Se quiser deixar a cortina aberta pra eu ver...!" Foi a última e derradeira indecência que eu ouvi.

Passou-se uma semana e veio a quarta de novo. Cuidadosa, decentemente me vesti e fui pegar a correspondência. Ele não estava, aliás não ouvira os seus gritos ainda. Quando cheguei no portão ele apareceu , "Que susto!" ralhei com ele, mas ele gentilmente desculpou-se e fez mais que isso, disse que estava arrependido de ter dito aquelas coisas e copiosamente desculpou-se. Eu estava já deixando tudo pra lá e voltando com as cartas quando ele me disse ainda: "Aceite esta cesta de frutas como forma de boa vizinhança pelo menos". Aceitei, era uma cesta fina, com frutas exóticas, avelã, damasco, nectarina, uvas itália, muito bonita realmente. Aceitei sim, afinal de contas não havia nada de mal para uma senhora distinta como eu aceitar aquela cesta fina. Ao me virar para retornar, porém, ele baixou gentilmente o nível; com uma voz de sacana e meio baixinho..."Mas se quiser deixar a cortina aberta..". Que rapazinho mais petulante, fingi que não ouvi. Na minha ainda desarrumada cama sentei-me e comecei a me deliciar com as frutas... “Não esqueça da cortina, pêras saborosíssimas... Cortina aberta... Nectarinas suculentas... Que rapaz atrevido. Espiei ele pela cortina. Era bonito, sem dúvida, um bigodinho fininho, demonstrando sem-vergonhice no olhar, no falar, no andar, em tudo. Fiquei assim: não interessada nele, mas curiosa.

Na semana seguinte, o assunto me veio à cabeça por diversas vezes. Justificar a cesta para o meu marido não foi difícil, aliás ele jamais desconfiaria de um feirante. A imagem dele com seu macacão e sem camiseta (uniforme do rapaz, toda quarta-feira eu o via assim, dando a impressão que o macacão nunca era lavado), veio-me na cabeça na Quinta, Sexta, Sábado. Conjuntamente, lembrava da realidade do meu cotidiano: era uma dona de casa solitária, meu marido muito dedicado ao trabalho, coitado, até mesmo por minha culpa – literalmente, eu o pressionava por melhores ganhos, por melhores condições de vida, mas a verdade é que ele já faltava um pouco na cama. Enfim, um monte de coisas juntas... E a próxima Quarta feira iria chegar. E chegou!

Após me livrar dos afazeres matinais estava eu sozinha em casa, ainda de pijama e com aquela frase na cabeça: "Se quiser deixar a cortina aberta". Não abri, mas também não deixei totalmente fechada, apenas uma pequena fresta para espiá-lo. Ele parecia que já sabia e já estava lá, estrategicamente posicionado, chupando uma laranja e com uma mão segurando o pau. Meu Deus do céu, eu pensava, o que estou fazendo... E abri mais um pouquinho a cortina... Eu não posso!... E abri mais um pouco... Sou casada!... E fiquei exposta totalmente... Sou uma senhora distinta... E comecei a me tocar com ele olhando... Sou uma dama, nunca trai meu marido... E mostrei-lhe os seios. Ai descambou: ele, sorrateiramente, pulou para o jardim da minha casa e escondeu-se atrás de uma arvorezinha, podendo me ver inteirinha deitada nua na cama, com as pernas escancaradas e me masturbando, adolescentemente.

Que situação, eu, 32 anos, dois filhos, mulher de um homem só ali, nua, peladinha mesmo, sorrateiramente abrindo a janela do meu quarto para ele entrar. "Ele quem, seu marido?”, imaginava minhas amigas perguntando. “Não, um feirante!” Imaginava-me respondendo. Que vergonha! Mas o tesão foi muito mais forte, agarrei aquele homem que cheirava a perfume barato, senti sua pele suada, beijei sua boca com gostinho de laranja, esfreguei-me toda nele, arranhei suas costas, tirei desavergonhadamente sua roupa, um desejo incontrolável me consumia e eu não via fim naquilo. Ele só deixou rolar – o que presenciava era uma putinha desavergonhada se entregando sem nenhuma resistência. Cheguei sem dificuldades no pau dele. Peguei com a mão, aliás com as duas, porque não era pequeno não. Ele e eu estávamos nus, o único cuidado que tomei foi o de fechar novamente a janela e mais nada.

Com o pau dele na mão, fiz menção de abocanhar e ele se afastou: "Se quiser chupar vai, ter que pedir!" Que petulância, que arrogância, mas que delicia! Não só pedi como implorei: "Deixa eu mamar gostoso esse cacete duro, seu filho de uma puta!” Não acreditava no que estava dizendo: “como é que é que eu ouvi? Quer chupar, sua puta sem vergonha? Implore de quatro!” “Deixa sugar esse mastro, deixa, por favor! Deixa essa puta chupar você! Quem diria! O que rolou, a partir daí, fui muita baixaria... Eu, que sempre fiz pose de senhora distinta, de dama respeitada, tive que me humilhar diversas vezes para sentir o prazer daquele homem. Me arreganhei como nunca o fizera para receber seu cacete na minha buceta, fiquei de quatro, apanhei (batidinhas leves para não marcar), fui xingada e aceitei completamente minha condição de vagabunda. Levei pauzadas na cara, é mole? Duas coisas eu não fiz, até nem sei como não me entreguei, mas não deixei ele me penetrar sem camisinha (o sacana trouxe um maço no bolso!) e também não deixei ele comer meu cu. Não porque não quisesse – com meu marido sempre fiz anal, mas sei lá, foi um resto de dignidade que consegui preservar. Mas não pensem que não levei uma bela esporrada na cara, ao estilo filme pornô dos mais pesados. Foram umas três horas de putaria, gozos e mais gozos, gritos que nunca imaginei dar (todos devidamente abafados pelos lençóis e travesseiros) e palavrões que nunca imaginei pronunciar.

Aturdida, após essas três horas, e vendo aquele macho detonador de mulher casada se vestir, perguntei: “Quem ficou na sua barraca?” “Semana que vem você saberá.” Na hora não entendi e deixei pra lá. Ele foi embora e eu fiquei ali toda estropiada. O primeiro sentimento que veio foi de total arrependimento, como eu, justamente eu poderia ter feito aquilo. O segundo foi o de medo... E se alguém viu (difícil, logo conclui), e seu marido descobrir (impossível após eu limpar todas as pistas – 9 camisinhas!); o terceiro foi o melhor, aconteceu, não poderei mudar, não amo meu marido e meus filhos menos por causa disso e, principalmente, foi bom demais me entregar assim despudoradamente a um desconhecido.

Os demais dias da semana passaram então entre a satisfação e o arrependimento. A única transa semanal que tenho com meu marido foi muito boa, me soltei mais, gritei mais, ele até se assustou: “as crianças vão ouvir.” Masturbei-me ainda umas três vezes pensando no feirante.

Chegou mais uma quarta e me lembrei da “semana que vem você saberá.” Ele já esperava no quintal, mas não estava sozinho, tinha um amigo do seu lado, ainda mais bonito que ele. Que desaforo! Pensei, juro que pensei, em não abrir a cortina e esquecer de tudo, mas não deu!. Minutos depois estava eu de quatro, dando pra mais um desconhecido. O feirante voltou pra feira após me apresentar ao cara, nem lembro o nome. Fodi feito uma cadela novamente, fiquei toda melada de porra outra vez. Semana após semana, toda quarta feira, é dia da dama se transformar em puta. E faço sem a menor cerimônia, meu marido, nem sonha. Já perdi as contas de quantos homens me comeram, mas já tive situações de estar com três ao mesmo tempo. O feirante, volta e meia vem. Ele é quem comanda a fila. Dona xepa é a mulher da feira, dona puta sou eu!

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