segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Levei um ônibus à loucura


Tenho 19 anos, cabelos louros, bem fininhos que descem até a cintura, bundinha arrebitada, coxas grossas e seios médios tão bonitos que jamais usei sutiã. Isso é, exceto quando vou à praia. Sou bronzeadíssima do sol de Ipanema, o que contrasta de uma forma linda com os meus olhos de gata. Além disso, ainda tenho um rostinho lindo e ingênuo de menina, o que deixa os homens loucos.
Consciente do meu poder sobre eles, uso e abuso de roupas provocantes, sensuais, que mais me despem do que vestem. Adoro senti-los malucos de desejo por mim. E, embora pudesse ter qualquer um, tenho uma tara toda especial por operários e porteiros. O atrevimento dos surfistas e dos homens bem vestidos e bonitos assusta-me e intimida. Acho-os muito cheios de si e, para mostrar-lhes que não são tão superiores assim, fecho-me toda, indiferente a eles. Em compensação, quando volto da praia, arrastando olhares em meu microbiquíni de Bali, a canga atirada displicentemente no ombro, não posso ver um botequim cheio de peões que, quando dou por mim, já entrei, espalhando o silêncio. Peço um refrigerante e bebo devagarzinho, chupando discretamente a garrafa – os olhos deles me comendo toda, cada pedacinho de meu corpo. Quando saio, vejo que estão doidinhos, mas não se atrevem a me dizer nada. Mais adiante me debruço bem empinada numa banca de jornal e fico folheando uma revista de modas. O rapaz da banca fica tão louco que sempre arruma um pretexto pra sair, arrumar umas revistas ao meu lado e olhar minha bundinha praticamente nua. Chego a abrir mais as pernas e, quando vou embora, creio que poderia levar a revista sem pagar que ele nem perceberia.
Outro dia, porém, quase me dei mal. Era um domingo de sol e a praia de Ipanema estava cheia do pessoal do subúrbio. Os ônibus saíam lotados no meio da tarde, rumo a Zona Norte. Eu voltava da praia, como de costume só de biquíni e sandálias, a canga no ombro, uma bolsinha vinho amarrada no pulso – esperava o sinal da Rua Visconde de Pirajá fechar, quando um desses ônibus parou em minha frente. Ainda não estava transbordando de gente, como costuma ficar quando saem de Copacabana, com uma porção de pessoas penduradas do lado de fora das portas e janelas, os pés apoiados nos pára-choques. Mas vi que já não tinha lugar para sentar, havia muitos mulatos de pé. E, antes que pudesse pensar, subi a escada e passei a roleta. Meu coração batia que parecia que ia me saltar pela boca. Estava toda arrepiadinha, mas fiquei firme, os dois braços erguidos, segura na ponta dos pés.
A cada parada subia mais gente, aquela garotada barulhenta de subúrbio, só de calção de banho, os músculos bem desenhados, de operários, sob a pele negra, suada, cheirando a mar e sal. Não demorou muito, o ônibus parecia uma lata de sardinha. De um lado, um velho; do outro, um rapaz. Os dois negros, só de sunga, aproveitando a freada pra encostar mais em mim. Senti primeiro os cabelos das pernas roçando minhas coxas. Percebendo que eu não reagia, o velho chegou um pouco pra trás e encostou o pau em minha nádega esquerda. Vendo que ainda assim eu não fazia nada e aproveitando uma curva, ele empurrou alguém e se espremeu em minhas costas. Um mulato imediatamente ocupou seu lugar, descaradamente virado pra mim, esfregando o pau sob a sunga em minha coxa. O outro rapaz fazia a mesma coisa do outro lado. A cada parada, o ônibus enchia ainda mais. E o velho, atrás, me espremia tanto que acabei meio curvada sobre o passageiro sentado, um negro de uns trinta anos, muito forte que esfregava, sem pudor, o ombro na minha xoxotinha com tanta força que a parte da frente do biquíni desceu um pouquinho, desnudando meus pelinhos louros e macios. Eu sentia a tora do velho sob a sunga bem no meio de minha bunda e já estava assustada e arrependida. Pensei que devia saltar naquela hora, mas estava tão excitada que meu sumo escorria pelas coxas e não conseguia me decidir.
Senti a respiração ofegante e quente do velho em meus ombros, seu peito e sua barriga me forçando cada vez mais a me curvar sobre o negro sentado que empinava minha bundinha de encontro ao sexo dele. Sentia o pau pulsando e ele, com certeza meio enlouquecido e percebendo que eu era completamente dócil, empalmou minha nádega direita e desceu a parte da frente da sunga. Foi um choque sentir o pau dele já todo melado subir entre minhas coxas, seus pêlos em minha bundinha... Não pude evitar olhar pra trás, por sobre um ombro, e gemer um tímido ai de protesto.
Os outros dois rapazes, percebendo o que acontecia, também libertaram seus membros, esfregado-os em minhas coxas nuas com a fúria de cachorros, sem se importarem mais em disfarçar. O mulato chegou a morder meu ombro, esfregando o rosto em meu cabelo. E o negro sentado subiu a mão pelo peito e desceu a frente da minha calcinha, enfiando o dedo em meu sexo e começando a manipular meu clitóris com o polegar, me levando a loucura e a orgasmos sucessivos. Com a boca, esticando o pescoço, ele puxou meu sutiã, libertando um de meus seios, que imediatamente abocanhou.
O ônibus corria a toda velocidade e eu mal conseguia manter meus olhos abertos. Só percebia que o homem junto à janela esfregava seu pau com as mãos por sobre a sunga, se masturbando e me olhando.
Na curva do aeroporto Santos Dumont, o negro usou a outra mão para baixar de vez a minha calcinha até os joelhos. Senti outra vez a mão do velho, agora abrindo bem a minha bunda e ajeitando o pau para forçar a penetração. De repente, mesmo superexcitada, entrei em pânico e comecei a me contorcer pra escapar, passar entre eles, mas os homens se apertavam contra mim, quase me imobilizando. Eu me contorcia e, creio que porque rebolava muito, o velho perdeu o controle e senti o jato quente de seu esperma me atingindo as costas, a bunda, as coxas. Ao mesmo tempo, como um chicote, os dois rapazes gozaram em minha barriga, cintura, no lado de minhas coxas e seus espermas escorreram pelos pelinhos de minha bucetinha.
O negro forte começou a levantar a tora imensa pra fora das calças e, tenho a certeza, que iria me fuder ali mesmo, em pé no ônibus, se o veículo não tivesse parado no ponto da praça XV, em frente às barcas.
A multidão então começou a escorrer pra fora da condução, abrindo vazios dos quais me aproveitei bem pra escapar veloz e puxar a calcinha com a mão.
Pisei a calçada da Praça XV atarantada e assustada, meio nua ainda, os seios soltos, sem sandálias, depois de perder a canga. E, sem coragem de olhar pra ver se me seguiam, atravessei as pistas por entre os ônibus, correndo o risco de ser atropelada.
Debaixo do viaduto, entre os carros estacionados, me recompus como podia naquelas circunstâncias. Percebi do outro lado da rua o negro na calçada, me procurando.Escondi-me, esperei uma trégua no trânsito e, mal vi um táxi, corri em direção e entrei nele, caí sentada no banco de trás e suspirei, toda melada do esperma dos três homens desconhecidos. Ainda tive de enfrentar os olhares gulosos do motorista, quase me comendo com os olhos.
“Ufa! Nunca mais!” disse para mim mesma, observando os olhos do motorista me percorrendo toda. Imediatamente, os biquinhos dos meus seios ficaram duros e pensei que nunca talvez fosse uma palavra forte demais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário