segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cumprindo a palavra


Algo que me deixa louca da vida é ser infortunada por homens nas ruas. Nada contra elogios, mas a vulgaridade realmente me incomoda. Sempre fui muito franca e nunca escondi de ninguém o que não me agrada. Essas minhas duas características acabaram por me proporcionar uma das aventuras sexuais mais loucas que já tive. Aventura essa que, inclusive, mudou completamente minha vida.
Tinha 17 anos e ainda era virgem – nessa época estava um pouco decepcionada com os homens. Depois de uns dois anos apenas nas preliminares, tentei transar algumas vezes com meu namorado, mas ele sempre ficava ansioso e terminava broxando. E pra piorar a situação, ele me culpava dizendo que eu era muito mandona, deixando-o sem jeito.
Um dia, indo ao curso de inglês, saí do metrô e passei defronte a uma loja de materiais de construção. Os vendedores da loja soltaram piadinhas, assobiaram e disseram um monte de vulgaridades. Aquilo me deixou furiosa. Comentei o assunto com meu irmão à noite. Ele me perguntou onde era a loja. Quando dei a localização e o nome, ele me disse que a loja era do Danilo. Disse que se eu quisesse ele falaria com o dono. Danilo era um amigo do papai que, de vez em quando, ia aos churrascos que a gente fazia na chácara. Tinha uns 40 anos e ficara viúvo fazia alguns anos. Era bem humorado, mas também era um cara muito cheio de princípios. Aquilo me deu uma idéia: aprontaria uma com aqueles caras para nunca mais incomodarem ninguém. Disse pro meu irmão: “Pode deixar que eu mesma cuido disso. Eu mesma vou lá na loja falar com o Danilo”.
Dois dias depois, quando voltava do curso de inglês – já eram quase seis da tarde –, passei em frente à loja de novo. Os funcionários recomeçaram as piadinhas. Falei comigo mesma “agora esses imbecis vão ver uma coisa”. Tomei a direção da loja, um andar decidido e a cara fechada. Eram quatro vendedores. Dirigi-me ao mais novo deles:
– Quero falar com o doutor Danilo!
Vi os rapazes ficarem lívidos. Cada um tomou um rumo, exceto aquele com quem eu tinha falado. Ele começou a gaguejar, dizendo que achava que o doutor Danilo não estava. Quando me viro, vejo o Danilo chegando. Ele me abre um sorriso e me pergunta o que estava fazendo ali. Contei na hora. Vi o amigo do meu pai ficar vermelho de raiva. Ele chamou os vendedores aos gritos e os ameaçou de demissão. Eles pediram desculpas e disseram que eu não havia entendido direito. Danilo perguntou se algum deles tinha realmente mexido comigo. Apenas o mais novo admitiu. Os outros ficaram fazendo corpo mole. Danilo reagiu e disse pro rapaz:
– Raul, vamos ao escritório ter uma conversinha.
Enquanto o rapaz se dirigia ao escritório, Danilo comentou comigo:
– Esse aí vai pro olho da rua!
Eu estava com muita raiva, mas não queria ser injusta. Falei que não precisava ser tão rígido. Ele, porém, estava realmente enfurecido. Pedi para conversar com ele e com o rapaz. Aleguei que, talvez, uma lição de moral desse jeito nele. Danilo concordou. Dispensou os outros funcionários e me levou ao escritório.
Entrando lá, Danilo foi logo dizendo:
– Raul, já não gosto que funcionário meu fique mexendo com as moças na rua porque isso pode atrapalhar as vendas e você vai mexer logo com a filha de um grande amigo meu!
O rapaz respondeu com certa altivez:
– Olha, doutor! Fiz o que todo mundo faz: falei aquelas coisas, mas não sabia que a moça era conhecida do senhor. Já pedi desculpas lá fora. Juro que não mexo mais com ela.
Eu, que sempre achei o fim da picada os caras ficarem falando vulgaridades pra mim nas ruas, fiquei revoltada. O cara só tinha pedido desculpas porque eu era conhecida do patrão dele. Falei bem baixinho pra desacatar o rapaz:
– Você fica o tempo todo mexendo com as meninas que passam na rua, né? Aposto que é porque não tem uma pra você. Vai ver que é por isso que é covarde.
Ele respondeu me olhando nos olhos:
– Moça, eu peço desculpas pelo que disse pra senhora, mas acho que não é preciso me humilhar. Covarde eu não sou. Fui o único que admitiu ter mexido com a senhora.
Aquele atrevimento me deixou furiosa:
– Mas o resto então deve ser verdade. Aposto também que nunca teve uma transa com uma mulher.
E ele:
– A senhora não tem o direito de dizer isso!
Danilo, vendo que eu estava alterada, interferiu:
– Vamos parar de gracinha, Raul. O que você disse pra moça? Raul respondeu:
– Seu Danilo, pode me despedir duma vez. Eu não vou falar mais nada aqui.
Danilo retrucou que ele estava sendo covarde e eu comecei a gritar:
– Covarde! Covarde!
Raul olhou para o Danilo e disse:
– Eu não sou covarde! Falei pra ela que tinha vontade de lamber ela e de enterrar o meu pau na buceta e no cu dela. Foi isso que eu disse!
Danilo olhou pra mim e perguntou se tinha sido aquilo que ele disse. Respondi que sim. Danilo deu um sorriso sarcástico e, enquanto caminhava até a porta para trancá-la, disse:
– Vamos ver se o Raul é ou não é covarde...
Pensei que ele daria uma surra no rapaz, mas Danilo continuou com uma calma aparente e me disse:
– Você acredita que ele é capaz de fazer o que disse?
Respondi que não. Disse que ele era um bosta e provavelmente era broxa. Raul disse:
– Olha, se eu tivesse uma mulher como você, garanto que não mexia com nenhuma outra!
Fiquei meio desconcertada, mas ainda estava com muita raiva. Ouvi o Danilo dizer, com uma voz marota:
– Aposto que ele não tem coragem de fazer o que falou! Eu gargalhei:
– Também aposto! Parei na frente dele e desafiei: – Lambe, lambe se você é homem! Danilo também desafiou:
– E agora, rapaz! Vai ter coragem de fazer isso aqui na minha frente? Raul engoliu em seco e respondeu:
– Se eu fizer isso o senhor me mata! Danilo tripudiou:
– Está vendo! Sabia que você não era macho de fazer o que diz! E, virando-se pra mim: – E além do que ela não deixaria você lamber ou deixava?
Eu estava com tanta raiva que falei sem pensar duas vezes:
– Deixava isso e todo o resto, mas adiantaria deixar? Ele não teria coragem de fazer nada! Danilo sorriu e voltou a desafiar Raul:
Eu disse que você não teria coragem, ainda mais com ela deixando! Raul se virou para o Danilo e disse, quase chorando:
– Já falei que o senhor pode me despedir. Deixa-me ir embora de uma vez.
Danilo deu uma gargalhada cínica e falou com voz de quem está com muita raiva:
– Deixar você ir embora! Quero ver se você é homem, rapaz! Fica de joelhos e pede desculpas pra moça!
Raul ficou de joelhos e começou a chorar. Eu estava cada vez mais furiosa e, quando ele começou a me pedir desculpas, quis humilhá-lo mais ainda:
– Só acredito que você é homem se você fizer o que falou! Virei de costas pra ele, fiquei de quatro, e levantei a saia. Dei uma olhada pro Danilo e brinquei: – Está vendo como eu tinha razão? É um frouxo!
Danilo ficou sério, veio pra minha frente, olhou fundo nos meus olhos e disse com voz de censura:
– Olha! Eu não gosto de quem não tem palavra. Se você está dizendo que ele pode fazer tudo o que disse então tem que manter a palavra. Ou mantém a palavra ou paramos por aqui, entendeu! Foi minha vez de olhar séria pro Danilo e dizer:
– Danilo, eu sou virgem! Ele me respondeu na lata:
– Não perguntei se você é virgem! Perguntei se você tem palavra. Mando ele ir embora agora e acabo com a brincadeira?
Não sei o que me deu naquela hora, mas o orgulho falou mais forte. Não quis dar o braço a torcer e falei que não estava brincando, que achava mesmo que o rapaz não era de nada mesmo e que, se ele fosse homem, poderia descabaçar-me ali mesmo. Foi aí que senti um puxão – Raul rasgou minha calcinha com uma mão e me agarrou por trás. Fez-me cair deitada e foi metendo a língua. Tentei lutar, mas Danilo interveio:
– Deixa! Ele só está fazendo o que você disse para ele fazer.
Fiquei desconcertada com aquilo e não consegui reagir. Gritei pro Danilo que era virgem, mas ele segurou meu rosto, olhou-me e respondeu:
– Você disse que deixava e agora deixará! Ele está tentando provar que não é frouxo!
Parei de reagir e comecei a insultar o Raul, dizendo que não daria conta de mim, que broxaria. Xinguei-o de tudo quanto é nome. Ele começou a me chamar de puta e a me lamber o grelinho, mas Danilo deu uma bronca:
– Se você quiser desvirginar a moça, rapaz, é melhor parar de falar essas coisas! Trate a menina com carinho que eu sou amigo do pai dela!
Raul calou a boca e continuou a me lamber. Fiz cara de durona pro Danilo, tentando fingir que não sentia nada. Ele ficava me dizendo:
– Eu conheço você desde criança. Sei que você é durona, sei que você agüenta!
Quando Raul me penetrou e estourou meu cabaço, senti uma forte dor e comecei a chorar. Foi nesse instante que Danilo fez algo que mudou tudo: ele me lascou um beijo e começou a chupar minha língua. Não sei como, mas aquela dor foi se transformando. A única coisa que me lembro ter pensado nessa hora foi algo do tipo “isso é que é prazer!” Quando Danilo parou de me beijar, voltei a insultar Raul. Gritei:
– Frouxo! Você me descabaçou, mas não vai conseguir me fazer gozar!
Raul respondeu, com a voz firme, apesar de ofegante:
– Moça! A senhora é a mulher mais bonita e gostosa do mundo. Deixa-me cuidar bem da senhora, deixa-me levar a senhora pro paraíso. Se eu conseguir isso não precisarei de mais nada na vida! Danilo aprovou:
– É assim que se fala, rapaz! Cuide bem dessa gazelinha que ela sempre foi muito mimada. É uma menina de ouro. Dá pra ela o que ela merece!
De repente, senti que tinha algo muito além do que sonhara pro meu desvirginamento. Não era nada daquelas coisas desajeitadas que minhas amigas contavam. Eu estava, realmente, sendo possuída por um macho que queria me dar tudo o que eu tinha direito – e ainda havia um fiscal (Danilo) para certificar que tudo seria cumprido!
Raul me virou e me colocou de costas no carpete. Danilo se sentou e me pôs numa posição que deixou com a cabeça deitada no colo dele. Ele acariciava meus cabelos e meus peitos. Enquanto isso, Raul me golpeava com o cacete. Só não me rasgava mais porque eu estava muito, mas muito molhada mesmo! De repente, tudo começou a rodar – eu ouvia apenas os meus gritos confundidos com os gritos do Raul. Aquilo era meu primeiro gozo. Parecia que tudo vivido até ali era uma preparação para aquele gozo. Raul continuava me castigando com a vara, cada vez mas forte. Eu gemia e gritava. Danilo, vendo que o gozo do Raul se aproximava, ordenou:
– Não goza aí não, rapaz! Não quero problema!
Raul tirou o pau – era a primeira vez que eu olhava aquela lança que tinha me descabaçado. Danilo brincou:
– Está achando que terminou, rapaz? Raul retribuiu:
– A moça é quem sabe!
Eu não dava conta de falar nada. Apenas gemia e chorava de prazer. Danilo ordenou ao Raul que completasse o trabalho:
– Entra por trás nela! Se você quiser gozar dentro dela tem que ser atrás!
Raul voltou a me colocar de quatro e começou a cuspir no meu cuzinho. Eu ainda estava sob o domínio do gozo e só queria ser mais e mais possuída, mas, quando ele começou a penetrar, a dor foi a pior que já senti na minha vida. Estava convicta de que não ia agüentaria. Comecei a gritar e a chorar, pedindo pra ele parar. Danilo me deu uma bronca dizendo pra eu ser forte e resistir. Voltou a dizer que tinha certeza de que eu era durona. Chorei, mas deixei que Raul se servisse e me enrabasse ali naquele carpete do escritório. No meio daquela dor, ouvindo os gemidos do Raul, não sei como, mas comecei a falar gemendo:
– Eu quero! Eu quero! Eu quero!... (Não sei como nem porque gritei). – Eu quero é rola! Eu quero é rola!
Danilo abriu as calças e vociferou:
– Então toma! E enfiou o pau na minha boca. Aquilo provocou um efeito muito louco. Comecei a chupar o Danilo, enquanto deixava Raul me comer o anelzinho. A dor continuava lá, mas alguma coisa mais forte me fazia querer mais e mais. Ouvi Raul gritar de gozo e dizer:
– Está vendo como não sou frouxo!
Ouvi, finalmente, os primeiros gemidos do Danilo, que até aquele momento só tinha ficado dando ordens. Foi uma sensação deliciosa – tive a impressão de estar fazendo Danilo perder o controle, mas me enganei. Na hora de gozar, ele tirou o pau da minha boca, ejaculou na minha cara e voltou a dizer que tinha certeza de que eu era durona. Aquela foi a sensação mais esquisita que senti – achava que sentiria nojo, mas queria me lambuzar com aquela porra. Senti Raul sair do meu traseiro e aquilo me deu uma sensação de alívio enorme. Comecei a me recompor. Vi que havia sangue descendo pelas minhas pernas. Tinha porra grudada na cara e o meu cuzinho doía ainda. Danilo mandou eu me lavar no lavabo. Quando voltei Danilo me intimou:
– Você não acha que deve um pedido de desculpas pro rapaz? Afinal de contas ele provou que não é frouxo!
Fiquei de joelhos na frente do Raul e pedi desculpas. Disse que ele era mais macho que qualquer mauricinho que já tinha conhecido. Disse também, quase chorando, que tinha sido maravilhoso ter sido desvirginada por um homem como ele. Danilo se virou pro Raul:
– E você, rapaz, provou que tem palavra e que é macho! Você me dá sua palavra que não contará nada do que aconteceu aqui? Raul deu sua palavra.
Quando Danilo me levou pra casa, disse pra ele que só tinha conseguido gozar porque ele estava ali do meu lado, cuidando de mim. Naquela noite mesmo começamos a namorar e nos casamos um ano depois.
Raul foi promovido por Danilo, por ter sido o único a ter falado a verdade naquele dia. Portanto, era o único em quem podia confiar na loja. Nunca mais transei com Raul, embora o veja sempre e sejamos muito amigos (hoje ele é gerente de uma filial que foi inaugurada há um ano).
Danilo continua se divertindo comigo. Sempre que alguém mexe comigo na rua, se for muito vulgar, ele vai logo perguntando pro cara se ele é capaz de fazer o que promete. Se o cara topa, Danilo faz questão de me ver gozar junto com aqueles que sabem manter a palavra.

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